
A extinção de espécies da fauna e da flora, fator que pode dificultar e até mesmo inviabilizar a sobrevivência humana no planeta, está acontecendo em larga escala e sem suficiente movimentação política na buscas por soluções eficazes.
Especialmente no Brasil: o país ocupa o primeiro lugar entre os países “megadiversos”, que concentram 70% das espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e plantas do planeta, somando 163 mil espécies conhecidas e espalhadas por suas paisagens, mas depende muito de entidades da sociedade civil para conservar sua biodiversidade e criar programas de proteção às 3.286 espécies consideradas ameaçadas e às 290 em situação mais crítica.
Os desafios enfrentados por essas iniciativas, porém, são grandes. Em agosto de 2019, organizações da sociedade civil foram acusadas pelo presidente Bolsonaro, sem provas, de terem causado incêndios na Amazônia. Essas mesmas organizações vêm sofrendo com a falta de recursos e de apoio público para levar seus projetos adiante. Entre 2019 e 2020, foram extintos 42 cargos de chefia do ICMBio, órgão do governo federal que atua na conservação da biodiversidade, muitas vezes cooperando com organizações da sociedade civil, e seu orçamento sofreu uma redução de 26%. O Ibama também não saiu ileso, tendo 24% de seu orçamento cortado. Obviamente, em ambos os casos, a conservação e a defesa da biodiversidade brasileira ficaram bastante prejudicadas.
Cabe a cada um de nós, cidadãos, atuar fortemente para apoiar as iniciativas das organizações da sociedade civil e pressionar governos e empresas a adotarem medidas eficazes para proteger a biodiversidade do planeta, bem como valorizar os governantes e as empresas que o fizerem.
COMO COMEÇAR
Pesquise quais são as organizações que trabalham a temática: conheça o trabalho de cada uma delas, valorize sua atuação e divulgue seus projetos, reconhecendo a relevância dessas iniciativas dentro do contexto atual. Comece pelas seguintes: WWF, Conservação Internacional, The Nature Conservancy, Greenpeace, SOS Mata Atlântica e Renctas.

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