Aquilo que chamamos de “lixo” e nos apressamos para “jogar fora” merece uma atenção especial por parte de cada um de nós. Pois na verdade são resíduos orgânicos (como restos de comida e plantas) e secos (plástico, metal, vidro, papel, entre outros) que devem ser destinados adequadamente para serem bem aproveitados e gerarem o menor impacto negativo ao meio ambiente e à sociedade. Se esse processo não for criterioso, o ecossistema é prejudicado, já que os resíduos podem contaminar solo, água e oceanos — afinal, o “fora” é o nosso próprio planeta —, além de causar problemas de saúde às pessoas e aos animais.
No Brasil, a geração total de resíduos sólidos urbanos em 2021 foi de 81,8 milhões de toneladas. Isso quer dizer que cada brasileiro gera, em média, 1 kg de “lixo” por dia. Uma quantidade enorme quando colocada em perspectiva:
Se todo o “lixo” urbano gerado pelos brasileiros fosse espalhado por uma estrada percorrendo os 7,4 mil km do litoral do país, em apenas 1 dia teríamos um tapete de resíduos com 3,5 centímetros de altura. E, em 1 ano, o acesso às praias seria bloqueado por uma enorme muralha malcheirosa de quase 13 metros de altura.
![Resíduos](https://passos.akatu.org.br/wp-content/uploads/2021/09/ilustra_residuos.png)
NÃO EXISTE “FORA”. TUDO VAI PARAR EM ALGUM LUGAR DO NOSSO PLANETA
Os caminhos são muitos. E, felizmente, pequenas mudanças de comportamento de consumo resultam em grande contribuição para reduzir a geração de resíduos e melhorar a gestão daqueles que são gerados, principalmente se adotadas por um longo período de tempo ou várias pessoas.
VAMOS DAR OS PRIMEIROS PASSOS?
Para começar, conheça estes 10 primeiros passos:
39%
dos resíduos gerados no Brasil em 2022 foram descartados de
maneira inadequada, acabando em aterros e lixões (Abrelpe)
5,3%
do total de resíduos secos foram
de fato reciclados em 2019 (SNIS)
14 milhões
de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos a cada ano,
o equivalente a 2 caminhões de lixo por minuto (Oceana)
1/3
80% delas são descartadas depois de usadas uma só vez (MMA)
0,6%
dos resíduos coletados no Brasil em 2021
foram destinados para a compostagem (SNIS)