A caça, o tráfico e o comércio ilegal de animais silvestres são grandes ameaças à biodiversidade. Estudos indicam que uma em cada cinco espécies terrestres são comercializadas ilegalmente no mundo e, em números absolutos, estima-se que 38 milhões de animais silvestres são retirados da natureza por ano, sendo que apenas 10% deles chegam ao seu destino com vida.
O comércio ilegal leva ao desequilíbrio dos ecossistemas pois cada espécie tem seu papel e, quando retirada de seu hábitat, abre-se uma lacuna nas funções ecológicas do meio ambiente. Vale ressaltar que mesmo que chegue até o seu novo lar, o bem-estar do animal silvestre comercializado fica comprometido: ele pode sofrer com a solidão, dificuldades de reprodução, espaço físico insuficiente para seu desenvolvimento e alimentação inadequada, o que pode ser fatal.
Além de contribuir para a conservação da biodiversidade, combater e banir o comércio ilegal de animais silvestres também nos protege de contatos indevidos com a vida selvagem, já que 70% das doenças humanas têm origem em espécies selvagens. Não há melhor exemplo que a pandemia do coronavírus, que começou em 2020. Muitos indícios científicos mostram que sua origem está relacionada com o pangolim, considerado uma iguaria culinária em muitas culturas e mamífero mais traficado do mundo.
COMO COMEÇAR
Viu algo suspeito? Denuncie: se você suspeitar de alguma prática relacionada à caça ou comércio ilegal de animais, denuncie nos canais: Delegacia Eletrônica de Proteção Animal, União Internacional Protetora dos Animais e Disque Denúncia Animal.
A campanha “Animal Silvestre não é Pet” conscientiza sobre os problemas de manter animais silvestres como bichos de estimação, por meio de vídeos que mostram a vida de uma arara azul, um papagaio e um sagui fora de seu habitat.