O comércio ilegal de produtos feitos (ainda que parcialmente) com pele, osso, chifre, pelos, bico ou casco de animais silvestres e espécies ameaçadas de extinção é um problema mundial que coloca em risco a preservação da biodiversidade. A demanda por tais partes existe para a produção de bens de consumo, como roupas, sapatos e tapetes e para uso medicinal.
Espécies como rinocerontes, elefantes e tigres têm visto suas populações serem drasticamente reduzidas nos últimos anos devido à caça ilegal para venda de chifres, dentes e peles. Estima-se que de 20 a 30 mil elefantes são abatidos ilegalmente todos os anos e, entre 2007 e 2016, o comércio de marfim (a presa dos elefantes) mais do que duplicou, colocando em perigo de extinção algumas espécies.
Na África do Sul, região que abriga a maioria dos 20 mil rinocerontes ainda existentes no mundo, o número de animais abatidos ilegalmente para a captura de chifres (usados na medicina asiática, produção de joalheria e decoração) subiu de 13, em 2007, para 1.175, em 2015. Já a população de tigres ao redor do mundo, em 100 anos caiu de 100 mil para 3.500 animais, devido às atividades de comércio ilegal interessadas em seus dentes, ossos e peles para a confecção de artigos de decoração.
O interesse na captura de partes específicas de animais também existe para a produção ilegal de medicamentos. Cavalos-marinhos e pangolins, o mamífero mais traficado do mundo, são frequentemente negociados para fins medicinais.
COMO COMEÇAR
A campanha #WildForLife conta com a participação de celebridades que convidam as pessoas a assumir compromissos para acabar com o comércio ilegal de animais silvestres.
O livro “Investigando a Biodiversidade: guia de apoio aos educadores do Brasil” traz conceitos básicos e suporte teórico para o desenvolvimento de ações e atividades pedagógicas que abordem a importância da biodiversidade e como conservá-la.