No Brasil, cerca de 1/3 dos resíduos domésticos são compostos por embalagens. Esse montante equivale a cerca de 25 mil toneladas de embalagens de plástico, papel, vidro e alumínio, entre outros, destinadas aos aterros do país todos os dias.
É bom deixar claro que as embalagens têm seu lado positivo. Elas surgiram com um importante propósito de transporte (evitar danos aos produtos) e conservação (manter alimentos frescos por mais tempo) até o momento do consumo. Por outro lado, o crescimento da demanda por produtos causou também o aumento no volume de resíduos, que em parte se dá por exageros na quantidade de embalagem dos itens alimentícios.
Um hábito comum dos supermercados é embalar com plástico frutas e legumes fatiados, descascados e até em porções individuais, mesmo quando esses alimentos não necessitam de proteção. Apesar do apelo pela praticidade, em certos casos isso representa a geração de resíduos de difícil reutilização e reciclagem, um grande problema para o meio ambiente e para o bolso do consumidor, que muitas vezes paga mais caro pelo produto, cujo preço leva embutido o custo da embalagem.
Hoje, quase todos nós temos contato diário com embalagens de uso único de alimentos e bebidas. E mesmo se todas elas fossem destinadas corretamente, a reciclagem sozinha não conseguiria acompanhar o ritmo da geração de resíduos.
COMO COMEÇAR
Privilegie produtos in natura sem embalagem: alimentos que muitas vezes são ofertados em embalagens excessivas ou desnecessárias também são encontrados sem embalagem alguma. Ao optar por essa alternativa você reduz o consumo de embalagens e pode comprar a quantidade suficiente para seu consumo, uma vez que os embalados já vêm em quantidades pré-determinadas.
Questione as empresas sobre o uso excessivo de embalagens: cobre delas uma atitude ativa e positiva sobre o tema. Lembre-se que todo consumidor é um agente de transformação, com poder de influência sobre empresas e governos.