Os resíduos especiais são aqueles que representam algum perigo ao meio ambiente (podendo contaminar cursos d’água, solo e ar, por exemplo) ou à saúde pública (podendo causar doenças às pessoas). É por isso que exigem maiores cuidados em seu acondicionamento, transporte, tratamento e destinação final. Alguns exemplos: medicamentos vencidos, óleos, pilhas, baterias, eletroeletrônicos, lâmpadas e máscaras.
Veja este exemplo e para você ter ideia de como a destinação correta de um desses materiais, o óleo de cozinha, evita impactos negativos:
Os resíduos domiciliares de grande porte, por sua vez, são móveis inutilizados, colchões, entulhos de pequenas reformas e eletrodomésticos. Se descartados incorretamente, eles também podem contaminar o meio ambiente, acarretando a proliferação de animais vetores de doenças, como ratos e insetos, e prejudicando a saúde pública e o bem-estar da população.
Geladeiras, colchões e equipamentos de ar-condicionado, por exemplo, podem ainda liberar gases de efeito estufa quando descartados sem tratamento adequado. E alguns equipamentos eletroeletrônicos, como televisores e computadores, contêm metais e químicos que podem ser extremamente perigosos para a saúde humana, dependendo da intensidade da exposição.
O descarte desses itens deve ser realizado quando eles já não puderem mais ser usados. Antes disso, o mercado de segunda mão é uma ótima opção: um móvel ou eletrodoméstico que você não quer mais, pode ser de grande utilidade para outra pessoa.
COMO COMEÇAR
Não descarte medicamentos vencidos em vasos sanitários e nem com seu resíduo comum: componentes de remédios muitas vezes não podem ser tratados pelo sistema de esgoto, prejudicando o ambiente e a saúde humana. O ideal é entregá-los em farmácias ou unidades básicas de saúde (UBS) que fazem o seu descarte em pontos específicos.
Não jogue pilhas e baterias no lixo comum nem no reciclável: busque locais que recolhem esse tipo de resíduo, como supermercados. A Green Eletron disponibiliza uma tabela para identificar o posto de coleta de pilhas e baterias mais próximo de sua residência. E cuide delas, armazene-as em locais protegidos do calor e umidade para que durem mais.
Lâmpadas também não devem ir no lixo comum nem no reciclável: lojas de materiais de construções costumam ter contêineres para o descarte de lâmpadas. No site da Reciclus é possível encontrar pontos de coleta próximos de você. Procure entregar a lâmpada intacta e, caso ela tenha quebrado, tome cuidado com os cacos e recolha o pó com uma folha de jornal úmida para evitar a contaminação de pessoas e do ambiente.
Não jogue o óleo de cozinha usado na pia: guarde-o em um recipiente, como garrafa PET, e leve-o para algum ponto de coleta — busque um próximo a você no site do Óleo Sustentável. Há empresas e iniciativas que utilizam o óleo usado como matéria-prima para a produção de outros produtos.
Descarte máscaras usadas no lixo comum: independentemente do tipo de máscara, depois de usadas elas devem ser embaladas e fechadas em saquinhos plásticos e jogadas no lixo comum, para evitar a contaminação de quem maneja os seus resíduos.
Verifique se o fabricante do seu móvel ou eletrodoméstico tem sistema de logística reversa: empresas com esse sistema promovem a coleta do produto que não tem mais utilidade, o reúso, a reciclagem, o tratamento e/ou a disposição final de suas peças.
Busque ecopontos ou serviços de coleta de resíduos de grande porte: não abandone móveis ou eletrodomésticos em locais inapropriados, tais como terrenos vazios, córregos ou espaços públicos da cidade. Várias cidades dispõem de ecopontos para você entregar móveis, colchões e eletrodomésticos, serviços das prefeituras que coletam tais resíduos na sua casa gratuitamente e empresas que fornecem o serviço. Conheça alguns: Se Liga, Cata-Bagulho, Ecycle, Biothanks e Recicla Sampa.